A TEORIA DO INVESTIMENTO | FINANÇAS

UM RESGATE SINTÉTICO DA TEORIA DO INVESTIMENTO

Os modelos empíricos compreendem as técnicas econométricas que explicam o comportamento do investimento. O uso de modelos econométricos não é frequente nos textos sobre investimento de autores pós-keynesianos, mas serão úteis para reforçar suas argumentações.

Os primeiros estudos da teoria do investimento foram realizados pelos traba lhos de Meyer e Kuh (1957), Meyer e Glauber (1964), e Anderson (1964). Com o teorema Modigliani e Miller (1958, 1961), MM daqui em diante, Jorgenson e seus colaboradores (1968) procuraram demonstrar a superioridade da teoria neoclássica e a consistência interna de seus modelos, que provava a completa independência das decisões de investir e financiar. Essa tese neoclássica implicaria que a forma de financiamento dos investimentos não interferiria no valor da firma ou em suas decisões de investimento.

A demanda por capital na teoria neoclássica é determinada pela igualdade entre os benefícios marginais esperados e o custo de uma unidade adicional de capital. A demanda por investimento inclui um aspecto dinâmico na função, denominado acelerador. O princípio do acelerador faz o investimento ser uma proporção linear das mudanças no produto.

O acelerador tornou-se uma contribuição popularizada, devido principalmente à sua simplicidade: a partir de um incremento na taxa capital-produto, é simples calcular o investimento necessário para atender a uma dada meta de crescimento do produto.

A partir do acelerador, Jorgenson (1967) e Hall e Jorgenson (1971) formularam a teoria neoclássica do investimento. Em termos práticos, o modelo neoclássico parte da equação (1), utilizando-se de uma estrutura rigorosa para identificar as
variáveis explicativas do investimento, especialmente os efeitos dos preços rela tivos. A firma encontra instantaneamente o estoque ótimo de capital, K*, o qual maximiza seus lucros

O estoque ótimo de capital depende do preço dos bens de capital, da taxa de juros e da depreciação. Os atrasos, tanto das decisões de investimento, quanto na entrega da encomenda geram a distância entre o volume de capital K corrente e o K* óptimo. Nesse sentido, o problema de otimização é estático.

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