COMO OS PAÍSES SE DESENVOLVEM NA ECONOMIA || NEGÓCIO


COMO OS PAÍSES SE DESENVOLVEM Pt.1

Vejamos outras lições da história. 

 No século 18, as diferenças entre o Primeiro e o Terceiro Mundos eram muito menos acentuadas do que hoje. Duas perguntas óbvias se colocam: 

1) Quais países se desenvolveram e quais não? 

2) É possível identificar alguns fatores causais? 

A resposta à primeira pergunta é bastante clara. Fora da Europa Ocidental, duas regiões principais se desenvolveram: os Estados Unidos e o Japão, ou seja, as duas regiões que escaparam da colonização europeia. As colônias japonesas são um caso especial: embora o Japão fosse um poder colonial brutal, não pilhava as suas possessões, desenvolvia-as, quase que no mesmo ritmo da própria metrópole.

E a Europa Oriental? No século 15, a Europa começou a se dividir, o Oeste se desenvolvendo e o Leste permanecendo como sua área de serviço, o Terceiro Mundo original. As divisões se aprofundaram no início do século 20, quando a Rússia se excluiu dó sistema. Apesar das espantosas atrocidades de Stalin e da terrível destruição das duas guerras, o sistema soviético passou por uma significativa industrialização. Era o “Segundo Mundo” e não parte do Terceiro – ou era, até 1989.

 Sabemos, por meio de documentos internos, que na década de 1960 os líderes ocidentais temeram que o crescimento econômico da Rússia inspirasse o “nacionalismo radical” em outras partes do mundo e que outros países pudessem ser contaminados pela doença que infectou a Rússia em 1917, quando esta não mais se dispôs “a complementar as economias industriais do Ocidente”; a forma como um prestigioso grupo de estudos descreveu o problema do comunismo em 1955.

A invasão de 1918 pelos exércitos ocidentais foi, portanto, uma ação defensiva para proteger a “prosperidade do sistema capitalista mundial” ameaçado por mudanças sociais no interior de suas áreas de serviço. Ela é assim descrita por uma respeitável cultura acadêmica. 

A lógica da Guerra Fria evoca os episódios de Granada e Guatemala, embora naquele caso a escala tenha sido tal que o conflito acabou ganhando vida própria. Não surpreende que com a vitória do antagonista mais poderoso os padrões tradicionais estejam sendo restaurados. Também não surpreende que o orçamento do Pentágono permaneça no mesmo nível dos tempos da Guerra Fria e que esteja até crescendo, pois a política internacional de Washington praticamente não mudou – outros fatos que nos ajudam a formar uma idéia sobre a realidade da ordem global. Voltando à questão de quais países se desenvolveram, ao menos uma conclusão parece razoavelmente clara: o desenvolvimento está condicionado à não-submissão às “experiências” baseadas em “más idéias”, mas que eram ótimas para os seus criadores e associados.

Não que isso tenha sido uma garantia de sucesso, mas tudo indica que foi um pré-requisito. Quanto à segunda questão: como foi que a Europa e os que escaparam ao seu controle conseguiram se desenvolver? Parte da resposta parece clara, uma vez mais: violando radicalmente a doutrina autorizada do livre mercado. Essa conclusão é válida desde a Inglaterra até as atuais regiões de crescimento do leste da Ásia, incluindo, é claro, os Estados Unidos, campeão do protecionismo desde a sua origem. 

#FONTE: O LUCRO

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