Comemora-se hoje, 1° de Maio de 2022, mais um dia internacional do trabalhador, em memória dos históricos acontecimentos de 1886 quando uma greve iniciada em Chicago, nos Estados Unidos da América, com o objetivo de exigir melhores condições de trabalho, sobretudo a redução da jornada de trabalho, de 17 para 8 horas, foi abraçada por vários substratos de trabalhadores pelo mundo fora.
A classe trabalhadora do mundo inteiro, incluindo a angolana, reivindica justamente até hoje, por condições que a dignifiquem.
Apesar do longo tempo que nos separa daquela data, a larga maioria dos angolanos bate-se por um trabalho e salário condignos. Na verdade, como fruto da insensibilidade do regime, essa larga maioria dos angolanos está relegada à mediocridade e à quase mendicidade.
Os sonhos colectivos e individuais estão adiados devido a má governação caracterizada por: corrupção, nepotismo, cleptocracia, amiguismo, compadrio e exclusão social.
As promessas eleitorais do Presidente da República, de quinhentos mil empregos, feitas em 2017, cinco anos depois não se tem a mínima ideia de quantos realmente foram criados.
• A pandemia da Covid-19 somente destapou as fragilidades governativas do regime.
Os programas paliativos como PIIM, PAC, PRODESI, KWENDA e outros, exaustivamente propagandeados pelos órgãos de comunicação do Estado, revelam-se incapazes de solucionar os problemas do pobre trabalhador angolano.
Caro trabalhador angolano:
O Estado angolano é partidarizado, onde o trabalhador e o quadro para terem acesso aos direitos mais elementares, são forçados a aderir ao Partido da situação. Tal prática coloca trabalhadores e quadros de qualidade fora do esforço da reconstrução e do desenvolvimento sustentável do nosso belo e potencialmente rico país.
A intimidação e a falta de diálogo com os médicos, enfermeiros e outros sectores profissionais em greve, prova bem o carácter desumano de quem detém o poder apenas para se servir, pois desrespeita tudo e todos.
A solução duradoira dos problemas que afectam os trabalhadores e populações angolanos, passa por uma governação participativa e de proximidade através das autarquias em toda a extensão territorial do nosso país.
Só com uma real alternância de poder político, os angolanos terão oportunidades iguais. E com estas, para trabalho igual, salário igual. Apenas um Governo Inclusivo e Participativo poderá desenvolver uma governação que satisfaça, salvaguarde e defenda os verdadeiros interesses e anseios do trabalhador angolano.
A UNITA reitera a sua firme determinação de unir-se, com as forças patrióticas da sociedade civil e partidos políticos democráticos para, juntos, conquistarem a necessária e vital alternância do poder político, nas eleições gerais de Agosto deste ano, com os trabalhadores no centro das suas preocupações.
Viva o 1° de Maio
Viva o trabalhador angolano
Luanda, 1 de Maio de 2022
O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA
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