PORQUE A EXPORTAÇÃO DE GÁS ANGOLANO JÁ VALE TRÊS VEZES QUE OS DIAMANTES
A receita bruta das exportações de gás angolano entre janeiro e setembro atingiu 4.356 milhões de dólares, um aumento de 21% face aos 3.614 milhões de dólares obtidos em todo o ano de 2021, e já representa 11% das vendas externas totais do país.
Com os preços em alta nos mercados internacionais, a receita bruta com as exportações de gás neste período já é três vezes maior que a receita com a venda de diamantes para o exterior.
Nos últimos 5 anos, os diamantes têm vindo a perder “gás” e ficaram apenas em segundo lugar no ranking dos principais produtos de exportação de Angola em 2020, ano em que as vendas de gás atingiram apenas 1.032 milhões de USD contra 1.070 milhões das pedras preciosas.
Em 2021, as receitas da exportação de diamantes atingiram o melhor resultado dos últimos anos, 1.550 milhões de dólares, mas mesmo assim as exportações de pedras preciosas representaram menos de metade das receitas em divisas do gás, que se situaram nos 3.614 milhões de dólares.
A "culpa" é o preço médio do barril equivalente de petróleo, que serve de referência para as exportações de gás, que, segundo estatísticas externas do Banco Nacional de Angola (BNA), continua a subir.
O preço médio de exportação do barril variou entre USD 167,4, USD 117,4 e USD 161,9 verificados em I, II. e III. trimestre, bem acima do preço médio pelo qual venderam em 2021, que ficou em torno de $ 91,4 e $ 22,0 em 2020.
Este aumento do preço do gás de exportação compensa a diminuição da quantidade deste produto vendida no exterior, que se registou gradualmente nos últimos 4 anos.
De 2019 a 2021, a quantidade de gás exportado diminuiu 21% para 39.551 mil barris de petróleo.
Ainda assim, essa tendência pode ser quebrada neste ano, já que foram exportados 28.986,2 mil barris de equivalente nos primeiros 9 meses, ante 28.735,7 mil barris vendidos no mesmo período de 2021.
Por: expansão
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