Orçamento 2026 de Angola: Quase Metade Vai Para Serviços da Dívida
24 de novembro de 2025
Um peso fiscal insustentável
No seu projeto de Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2026, Angola aloca
Desse total, 32,9% vão para o reembolso de empréstimos, enquanto 13% são destinados exclusivamente ao pagamento de juros. :contentReference[oaicite:9]{index=9}
Uma virada para o financiamento interno
Para lidar com esses custos, o governo angolano planeja tomar emprestado majoritariamente no mercado interno: cerca de 7,1 trilhões de kwanzas, contra apenas 1,7 trilhões em dívida externa. :contentReference[oaicite:10]{index=10}
Essa estratégia reflete uma tendência mais ampla em mercados emergentes: reduzir a dependência de credores externos para minimizar riscos cambiais e de refinanciamento.
Consequências e riscos econômicos
Embora essa manobra possa aliviar a pressão externa, usar tanto do OGE para pagar dívidas reduz o espaço fiscal para investimentos em saúde, educação e infraestrutura — áreas cruciais para o crescimento sustentável.
Além disso, economistas alertam que essa dependência de financiamento interno pode aumentar os custos de longo prazo, especialmente se a economia não crescer de forma robusta para gerar receita adicional.
Perspectivas para 2026
O documento orçamentário projeta que o déficit será de apenas 2,8% do PIB — uma melhora em relação ao ano anterior, segundo o governo. :contentReference[oaicite:11]{index=11}
No entanto, para garantir estabilidade, Angola precisa garantir crescimento econômico, melhores políticas fiscais e mais investimentos produtivos. Só assim poderá equilibrar sua necessidade de honrar dívidas e promover desenvolvimento social.

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